sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Walk the Line

Eu lembro exatamente do dia que eu vi o paraíso. Eu lembro onde eu estava, como eu estava e porque eu tinha visto o paraíso. Na verdade, é um pequeno equívoco meu (e proposital) chamar de "O" paraíso. É um engano da nossa tradição católica, ou qualquer outra que atribua o paraíso no singular. Mas utilizei esse recurso talvez por falar nesse texto especificamente sobre um paraíso em particular. Não sei. E como você já deve ter percebido por toda essa enrolação, estamos em um daqueles textos que de tão sinceros, é proibido apagar o que está sendo escrito, o que sai no monitor, saiu e pronto.

Esse paraíso me marca por ser um dos que eu ouvi apenas falar e nunca conheci. Só ouvi maravilhas sobre ele. Paraísos que se permitem estar exibidos, mas que a visitação é de poucos e raros escolhidos (ou de muitos - menos você - o que dá quase no mesmo).

E desde então você deseja estar no paraíso, saber como a grama de lá de molda aos seus pés, de que forma o sol de lá queima a sua cara. Mas o paraíso onde o sol parece brilhar mais forte não lhe permite o acesso.

Não que você o veja de um distante inferno. Você está em uma paraíso e não tem o absoluto direito de negar o paraíso que mora. Mas por mais que você goste de sorvete de chocolate, comer isso toda hora o deixaria enjoado. E o outro paraíso você já ouviu falar por mais tempo. Sim: cruel, mas ninguém falou que ironia era uma exclusividade infernal.

E aí, 0 paraíso permanece incrivelmente tão belo quanto o dia que você ouviu falar pela primeira vez, até porque não temos a cruel e deformadora rotina agindo.

E sacrilégio dos sacrilégios, o paraíso que você não conhece, que você idealiza... permite a entrada de outros. Outros esses que nem fazem questão do paraíso assim. Você não entende. Mas não é para entender, são contingências, meras e simples e boas e devastadoras contingências.

Mas ninguém falou que ironia era uma exclusividade infernal.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Livros que nunca sairão - Parte 2

Leite Derramado, de Kid Bengala

Um homem muito velho está num leito de hospital. Membro de uma tradicional família brasileira, ele desfia, num monólogo dirigido à filha, às enfermeiras e a quem quiser ouvir, a história das sacanagens de sua família desde os bailes de carnaval, passando por uma dama da alta sociedade, uma senadora, até o tataraneto, garotão do Rio de Janeiro atual, que já segue a tradição. Uma saga familiar caracterizada pela decadência social e econômica, tendo como pano de fundo a história do Brasil dos últimos 30 centímetros.

domingo, 9 de agosto de 2009

Livros que nunca sairão - Parte 1

Eu, Chapeuzinho V., 13 anos, drogada e prostituida

Numa floresta encantada que buscava entender qual o sentido de nação, a pobre chapeuzinho se envolve com Detlefwolf, o perigoso traficante de balinhas. Esse envolvimento a leva a um submundo até então desconhecido na floresta, onde seu vício precisa ser sutentado com a prostituição, e ela passa a rodar a cestinha. Para piorar, o agente de polícia antidrogas conhecido como "Der Jäger" (O Caçador) vai cruzar seu caminho enquanto procura a trilha da maior traficante da floresta, conhecida como Wenig Großmutter, a vovozinha. Numa disputa de poder, Detlefwolf mata Wenig Großmutter e assume seu lugar, o que se revela no final um perigoso passo em falso, que vai colocar Chapeuzinho V. de frente com Der Jäger. 135 páginas R$ 32,90 Editora F.D.P.

sábado, 1 de agosto de 2009

Duas Janelas (clássicos Diego Paiva)

Eu estava procurando um esboço de livro nos meus emails antigos, mas não encontrei. Deve estar em algum HD jogado no meu quarto, depois preciso ver isso. Queria retomar o livro, surgiram idéias novas para um texto que já parecia perdido, mas também não dá para recomeçar do zero.

Mas enfim, nessa procura achei um texto de 22/fev/2005, uma época onde eu ainda fingia que fazia faculdade, ainda não tinha começado como roadie, ainda não tinha passado pela fase 'o amor não existe' e o Ronaldinho Gaúcho ainda era a esperança do hexa. Eu ainda via o Yama duas vezes por semana, isso realmente faz tempo. A Jéssica era menor de idade e nem me conhecia. Tempo, tempo, tempo, tempo, és um dos deuses mais lindos. Mas aqui está o texto, que achei num arquivo sem título, e que mais de 4 anos depois de nascido ganha nome: "Duas Janelas", revisado e remixado.

Estava no ônibus. Já estava cansado, sonolento, transformando o balanço que o coletivo proporciona em um embalo de babá. O ônibus passava em uma das pequenas ruas do subúrbio do Rio de Janeiro, em alguma via de mão dupla. Pelo outro lado, vinha mais um ônibus, e ambos pararam nos ponto de cada lado da via, travando todo trânsito durante o embarque e o desembarque de passageiros. O rapaz que estava sentado em um deles olhou para o lado e a viu. Ela também viu o rapaz. Depois de alguns meses, enfim se encontravam novamente, logo numa situação tão inusitada. Dois ônibus em caminhos opostos, como que representando o destino que cada um tomou. Seria só aquilo. Um simples olhar um ao outro, uma simples lembrança viva. “Ei, tem como trocar cinqüenta?”. Era um trocador falando com outro. Diante da resposta afirmativa, ele foi até outro ônibus para tocar o dinheiro de um passageiro desprevenido.

Ele percebeu... era o destino, fazendo com que eles se observassem mais um pouco. Ela tinha cortado o cabelo.. dois dedos. Ele com essa mania de reparar tudo. E já havia passado o susto de estarem se encontrando ali, um quase de frente para o outro, separados por duas janelas abertas. Do lado dele, uma senhora com seus cabelos brancos e sacolas. Do lado dela, um outro rapaz, ouvindo um walkman e balançando a cabeça.

Ele quase podia sentir seu perfume, aquele perfume que ele adorava, que ele sentia quando se beijavam, e, depois do beijo ela abraçava seu pescoço com as duas mãos e descansava a cabeça em seu peito. E agora ela ali, meio que com vergonha.. afinal, pouco tempo havia se passado depois de tudo, um tempo que ainda não conseguira cicatrizar todas as feridas. Ela olhou profundamente para o rapaz e sentiu medo: naqueles olhos ainda estava nítido o olhar apaixonado que ela conheceu.

Ele falou: “Estou com saudades”. As buzinas por causa do trânsito parado não permitiam que o som chegasse aos ouvidos dela, mas os movimentos da boca faziam com que a mensagem fosse claramente entendida. “Eu estou com muita saudade”, e não era nem preciso que ele abrisse os lábios para que ela percebesse isso.

Ela estava um pouco mais magra, essa blusa era nova, aquele colar também. Ela aos poucos foi perdendo a vergonha, mas não conseguia falar nada. “Eu ainda te amo”, foi mais uma vez o que o movimento dos lábios dele falava. Ela olhou fundo nos olhos dele. Ele estava o mesmo: Mesmo corte, mesmo boné, a mesma maldita camisa surrada que ele tanto adorava. Por que brigaram? Ah, sim, por bobagens, mas por muitas bobagens acumuladas. Depois de um certo tempo a relação se foi, mas dentro dos olhos dele estava claramente escrito que o amor ainda não.

Ela se lembrou dos momentos em que descansava a cabeça no peito dele e fazia as perguntas mais tolas do mundo. “Vamos ficar juntos para sempre?”, perguntava ela. “Para sempre me parece pouco tempo?”, respondia sempre ele. Agora ele havia percebido que estava certo. “Para sempre foi muito pouco mesmo”, mexeram seus lábios no meio das buzinas de trânsito.

A velha agora já demonstrava interesse naqueles olhares, e o rapaz ao lado da moça ainda continuava de olhos fechados ouvindo seu walkman. O trocador pegou as notas contadas e começou a retornar para o seu ônibus. Ele viu que só havia uma coisa a fazer. “Eu vou até aí”, disse ele com o seu movimento labial. Colocou as mão na barra do banco da frente e fez menção de se levantar. Ela se assustou. Seu olhar claramente demonstrava um “não sei”, e o rapaz já tinha aprendido o bastante para saber que em questão de tempo um “não sei” se transforma em um “claro que sim”. Chegou a hora de retirar todos aqueles meses perdidos. Oito, dez meses? Ele não sabia.

O trocador já tinha entrado no seu ônibus. Ele precisava agir rápido. Se levantou num pulo, tão rápido que ela ficou com medo da aproximação dele e se afastou, encostando no rapaz de walkman do seu lado. O rapaz abriu os olhos, retirou o walkman da orelha e passou a mão por cima do ombro dela.

“O que foi, meu amor?”. As palavras dele também eram nítidas mesmo sem o som, e a tensão dela em dizer "nada" também era nítida, assim como o olhar dela, desesperado, alternando entre o rapaz ao lado dela e aquele ônibus do outro lado, ele desconfiou e também olhou para o outro ônibus, mas não achou nada de mais. Ao ver que ela estava acompanhada, ele já tinha sentado e disfarçado. Ela permaneceu calada e manteve o olhar no outro ônibus. O rapaz do walkman também olhou e não viu nada de mais: apenas um rapaz com mais o menos o menos a mesma idade que a sua olhando para a frente, cabisbaixo, ao lado de uma senhora idosa.

Fazendo valer a metáfora, os ônibus partiram, cada qual para um caminho oposto ao outro.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

The Safe

De vez em quando, tudo começa com uma garrafa.

E quando essa garrafa é uma Baden Baden do tipo Ale, aquela cerveja de cor avermelhada de gosto forte, os goles descem rasgando por sua garganta, como se um magma derretido e gelado fosse ocupando seu corpo. Cerveja fortíssima, teor alcoolico idem, rapidamente seu corpo ou não responde seus movimentos ou pelo contrário, sempre responde mais fazendo um pouco mais do que você pediu. Sua mente começa a se despreocupar com movimentos corporais, ela começa a fazer o que mais gosta: Derrubar você.

E você não consegue dormir.

E quando você acha que o efeito acabou, na verdade não acabou, mas você até já se esqueceu que tomou uma garrafa inteira daquilo. Se esquece mesmo, tanto é que vai no quarto e pega dois comprimidos do seu remedinho, que faz tanto tempo que você não toma, e os engole junto com água. E só depois que os pequenos pedaços de conforto atravessam sua garganta é que você se lembre do que ainda está lá no seu organismo.

E parado, com o copo de água na mão, sabe que a mágica vai acontecer.

Eu gostaria de fazer um filme chamado "The Safe". Não inventei nada da história, só o título. Só queria fazer crer que o filme se tratava de um cofre físico (sim, haveria um cofre, não sei se um cofre gigantesco do Banco Central do Ceará que bandidos vão e roubam ou um cofre mais intimista, por trás do quadro daquele casal de idade, e o mistério de saber o que guardam ali), mas na verdade, no fundo no fundo, o "Safe" era a própria segurança, o que o protagonista buscava. A minha por exemplo, é na minha cabeça. O corpo é o templo da alma? Meu corpo é meu inferno particular, e cada vez mais distante dele, minha mente repousa.

Tudo se inicia na ponta dos dedos, aos poucos eles não são você, são algo que está grudado em você. Preste atenção, que cada vez mais, você diminui. Você tenta buscar o mísero e amórfico ponto que não tem tamanho definido, e vai se diminuíndo. Olhe para você, sua mão não é você, apenas faz parte de você. Assim como seu braço, seu peito, seu ombro, suas pernas... tente buscar no fundo da mente, que pequeno e estranho ponto controla tudo isso. Onde está o neurônio rei, que coordena a tudo e a todos? Quanto mais você se desliga, mais você vira esse ponto único, que não funciona através do oxigênio dessa noite fria, não precisa do seu sangue quente, envenenado e escravizado como você não quer. Aquele ponto, aquele mísero ponto que é você de verdade, não está mais se comunicando com o resto do universo.

Só quer ser ele mesmo.

E ali estão guardadas as suas mais recentes lutas. Você se recorda, não aconteceu faz muito tempo. Você deu um jab, o adversário defendeu. Você deu outro, o adversário não consegui defender totalmente. O adversário lhe responde com um direto que passa sua guarda e resvala no seu queixo. Você acusa o golpe, mas não cai, nem ao menos recua um passo. Tudo que se segue é uma troca de socos mezzo aberta, mezzo cautelosa. Sem ninguém querendo vencer, apenas querendo ver sangue.

Mas o adversário faz soar o gongo antes da hora e se retira. Promessas de novos rounds. Mas você, seu ponto mais você e mais interno no universo, decide que não vai continuar lutando, porque enxergou o que os olhos não são capazer de ver: Você acha que está enfrentando alguém, quando na verdade o que você faz é lutar boxe sem luvas contra um espelho quebrado, socando os cacos. E seu ponto decide que essa luta nunca acabará, então é melhor ir embora do espelho. Você já viu aquele filme, sabe como é o roteiro. Já atuou nele.

Sinceramente, você percebe que não precisa ficar para ver o Remake. Já chorou demais no primeiro filme.

E aos poucos, você mental vai retornando ao encontro do você físico. E junto com o corpo, aquela estranha dor no peito retorna, que vai e vem alguns dias. É um ponto do lado esquerdo, parece que é uma dor na artéria aorta. Coisa que faria qualquer um ficar preocupado, menos você. Sabe que logo logo a dor passa. Só está ali porque você está dando bola. Então relaxa e senta no computador para escrever um dos textos mais "para mim mesmo" da vida.

Porque de vez em quando, tudo começa com uma garrafa.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Paixão e Literatura, Fósforo e Gasolina

Existem pessoas das mais variadas que podem ocupar pedaços do seu corpo. Você já deve ter entregado seu coração para muitas pessoas habitarem, e muitos inquilinos quando vão embora levam chuveiro, lâmpada, deixam uma infiltração na parede e você precisa passar por uma reforma no imóvel antes de entregar as chaves ao próximo, como se seu tórax fosse um pequeno Mato Grosso.

Você pode ter pessoas rodando na sua cabeça, e que a imagem delas se mistura entre as memórias e os desejos. Você deseja tanto aquela pessoa, pensa tanto nela, a inclui em tantas situações que gostaria... De repente, você nem lembra mais o que de fato aconteceu e o que de fato você quis que acontecesse. Você passa a lembrar do dia em que entregou as chaves do seu coração e essa pessoa foi morar dentro dele, colocando vasinhos de flores no parapeito da janela, mesmo que isso nunca tenha ocorrido.

Claro, não podemos esquecer daquelas que ocupam seus testículos (ou ovários), que despertam em você os tais instintos mais primitivos do desejo, mas sabe que depois de saciada a sede, não resta mais nada.

Mas hoje estamos aqui para falar das pessoas que você em vez de dar o coração, a cabeça ou as bolas, entrega o sangue. Esse é o tipo mais perigoso de paixão.

Cada hemoglobina é um andarilho que nasce com o propósito de se aventurar por cada célula do seu corpo, pulsando sempre, para lembrá-lo que ele está sempre ali e em todos os lugares. E fervendo, quando sabe que você precisa desse calor. Entregar essas hemoglobinas à alguém é entregar o seu calor, entregar o líquido que sustenta você. E toda essa viagem, esse zigue-zague no meio de artérias, vasos capilares e veias, faz com que a hemoglobina se comporte de formas muito distintas uma das outras. Essa paixão é uma profusão de sentimentos mil, Bipolar. Uma paixão que pode ser derramada algumas gotas, alguns pedaços, e mesmo assim, continuar correndo. Você torna uma pessoa vampira, pois seu sangue já pertence a essa pessoa, e você só espera e deseja que ela se aproxime, acaricie seu pescoço com delicados dedos, e nos morda para beber nosso sangue.

Mas tudo que você tem é uma pessoa que passa os dedos no seu pescoço sem desejar te morder. Não, você não está louco, você não criou aquilo do nada. Por mais que o sangue pulse em seu coração, não foi ele que falou de sentimentos com você, por mais que ele traga oxigênio ao seu cérebro, não foi ele que criou aqueles convites e aquelas intenções, nem foi ele que criou aquelas imagens estáticas e em movimento, ainda gravadas e arquivadas, que tanto fizeram bem ao desejos de seus testículos ou ovários de gritar. Você não está louco, o mundo é que está. E a paixão, veja você, também pode ser pegadinha.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Guia Futebolístico F.D.P. - Parte 2

Dando continuidade a nossa saga maravilhosa, adestramos mais uma vez nossos amiguinhos fãs de futebol sem precisar usar a coleira.

4) Ah, esses jogadores do União Terramediense são um bando de mercenários quando reclamam de salários! Eles ganham muito, e para jogar futebol!
Aham, meu amigo gênio que usa roupas com rinocerontes estampados. Você, em sua genialidade absurdamente transbordante me resolve desafiar toda a matemática estabelecida ao longo dos séculos e me revela que MUITO vezes ZERO dá... MUITO, e não ZERO como a minha tia da 1ª Série me ensinou. Só falta você querer argumentar que isso é culpa de falta de planejamento financeiro deles, que eu vou bater palmas de pé enquanto uma lágrima escorre do meu olho e uma música bonita de fim de filme toca ao fundo. Acho que você não sabe, mas para planejamento financeiro você precisa de... finanças. E quando elas não existem, você tem que tirar exatamente de onde você ECONOMIZOU antes, sabia?

Afora tudo isso, um dia irei lhe propor um contrato e no meio dele achar que está muito caro e não te pagar. Seguindo essa lógica, o mercenário que - absurdo dos absurdos - quer receber pelo que foi definido em contrato é você. E a galera vai vibrar.

5) É verdade que a Torcida Organizada Irritadinhos Jovens de Queimados praticou muitos atos de vandalismos e violências, tendo no histórico até mortes de inocentes, assaltos, saques, agressão a motoristas de ônibus que não abrem a porta para a torcida... tudo isso é verdade... MAS AH! VOCÊ TEM QUE VER A FESTA BONITA QUE ELA FAZ NA ARQUIBANCADA, É ELA QUE LEVANTA O TIME, O POVÃO SÓ OLHA E NÃO FAZ NADA, MAS NÓS CANTAMOS O TEMPO TODO, SOMOS A ALMA DO TIME.
Também temos que admitir que os nazistas cometeram muitas atrocidades, foram responsáveis por um genocídio sem precedentes na história do mundo, crimes e crueldades e temos que relevar porque eles tinham um uniforme lindo e porque cada desfile militar deles era um show à parte, que eles cantavam o tempo todo várias músicas e o povão só olhava? Acho que não, né? Então é meio estranho você justificar a existência de uma quadrilha com FESTA a não ser que você não tenha mais argumentos e solte uma asneira como essa.

Tem gente que parece que torce mais pela Torcida Organizada do que pelo clube. Não são todos, claro, mas isso é sempre evidente na maior torcida de cada clube. Você repara também que é sempre uma pessoa com necessidade de atenção - nem que seja pela porrada. Bom, quando você é menos Jibóia F.C. e mais T.O. Jovem Dentes da Jibóia, tem algo errado.

6) Esses jogadores não tem mais amor à camisa!!!
Já você, atura seu chefe chato no seu emprego de auxiliar de estocagem por amor à empresa né?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Guia Futebolístico F.D.P.

A Fundação Diego Paiva, 24 anos ajudando ceguinhos a olhos vistos, leva até você esse maravilhoso guia "Como não revelar que você é um idiota através do futebol", um envolvente texto com frases e chavões de torcedores que não conseguem disfarçar que são imbecis e desprovidos de lógica total. Aprenda com os mestres a cabeçada certeira na pequena área:

1) Ah, Vocês do Atlético de Acarajé tem INVEJA do nosso Acarajé Futebol e Regatas, dos nossos 78 títulos do Campeonato do Condomínio "Costa do Sol", 45 títulos do bairro de Ponteiras, nossos 6 maravilhosos e heróicos títulos da Copa Zona Sudoeste Municipal... é tudo INVEJA de quem não tem nem a metade disso.


De todos os argumentos imbecis do futebol, não existe nenhum mais imbecil do que a INVEJA. Quando algum engraçadinho tenta passar um argumento desse, logo se vê que é o cara que usa o boné da moda, gosta de curtir uma micareta porque "é tudo de bom" e com quase certeza absoluta escreve no msn com emoticons e no espaço do orkut para colocar o nome, em vez do nome coloca uma frase ou uma mensagem (mesmo com o orkut tendo um espaço para mensagem logo abaixo do nome no perfil)... ou então usa carcteres estranhos porque é "estilo". Amigo imbecil, entenda de uma vez por todas: Considerando que Atlético de Acarajé e Acarajé Futebol e Regatas são dois clubes grandes,podemos considerar que eles tem muitos mais torcedores do que sócios. Eu mesmo, moro muito longe das sedes do meu time do coração para ser interessante comprar um título e usar o clube. Logo, se eles REALMENTE tivessem inveja do Acarajé Futebol e Regatas, elas simplesmente iriam torcer para o Acarajé F.R.!!! Sim, sim sim, muito simples quanto dois mais dois. Não tem nada que as prenda no Atlético de Acarajé a não ser o sentimento. Se você tem INVEJA de outro clube, você QUER ser do outro clube, então bastaria a INVEJA para se tornar do clube. Veja bem, nem todo mundo é Acarajé Futebol e Regatas né? Pois é, nem todo mundo tem INVEJA do seu time querido.

2) Ah, mas nós do Sociedade Esportiva Oompa Loompa temos a maior torcida! Somos o dobro do segundo colocado no nosso estado! A Amigos da Veruca F.C. Não tem uma torcida como a nossa. Nós somos os melhores porque nossa torcida apóia a gente!


50.456.002 votos

35.089.998 votos

53,72% dos votos

Acho que vocês pegaram o ponto.

3)Nossa camisa é mais bonita, nosso hino é o mais lindo, nossa bandeira é maravilhosa!
Bom, nessa caso vou ali torcer para a Fashion Week. Beijossemata.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Re-ciclar

É um tempo estranho, senhores. Fernando Collor novamente no epicentro, como "gerente do PAC". Ronaldo deixa as (seis) bolas no Papillon e volta a jogar futebol com uma bola só (e um gordo de um joelho só mostra o nível dos estaduais). O A-Ha, sim, o A-Ha faz shows. Eu retornei a uma instituição de ensino superior. Não é nada, não é nada, e não duvido muito Rubinho fatura algum caneco de primeiro lugar esse ano.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Esse post é uma homenagem, pois foi a Patrícia que me ensinou a ser um pouquinho mais sincero no meu blog. Obrigado.

Desde pequeno eu tenho problema de dormir errado. Não é exatamente dormir pouco ou dormir muito. É dormir errado. A panelinha médica reza que temos que ter 8 horas de sono por dia, o que significa 16 horas acordados, 1/3 da vida e blá blá blá. Pois bem, eu sigo essa proporção na boa, só que com pernas mais longas. Eu me sinto bem com 10 ou 11 horas de sono, mas também após acordar não sinto sono por 20 ou 22 horas seguidas. E como o dia Terrestre não é como de Kaarzog-5, eu sempre estou fora de quadro.

Mas um mês atrás eu passaei a tomar um comprimido. Dois por vez. E 40 minutos depois, eu estava derrubado na cama com o sono de um bebê feliz. Meus problemas pareciam acabados.

Hoje, tomei dois comprimidos as 20h30, e nesse exato momento que escrevo essas linhas são 01:07 da manhã e eu ainda estou acordado sem o remédio ter feito efeito algum. E eu sei porque.

Porque as 7:30 do dia 2 de março de 2009, encerrará o período de 3 anos, 8 meses, 14 dias, 9 horas e 50 minutos que eu abandonei uma faculdade e irei começar outra.

E durante a semana, relembrarei esses 3 anos e tantos meses aqui, como uma forma de exorcizar esse capeta.