segunda-feira, 17 de novembro de 2008

No calor do momento

Cada dia que passa, dá cada vez mais vontade de destruir e queimar tudo. Pode parecer frase de efeito, fogo de palha. Mas a verdade é que cada dia que passa tenho que lutar contra o que está aqui dentro.

E a cada dia que passa, o que está aqui dentro se fortalece. Já explodi várias vezes. Umas vezes pouco, outras vezes muito. E eu sei que aqui dentro uma bomba-relógio começou a apitar mais irritante do que nunca.

E dessa vez, as coisas estão muito acumuladas. Anos de coisas acumuladas.

Dessa vez carrego uma bomba atômica dentro de mim, e tudo que tenho e faço está mais do que nunca com cara de Hiroshima.

sábado, 18 de outubro de 2008

Acerca da imbecilidade dos senhores da razão

Casos como esse do seqüestro em Santo André são perfeitos para algum senhor da razão, normalmente alguém de classe média para cima, profetizar a célebre frase "isso é um absurdo! Direitos Humanos para humanos direitos!".

Eu não sei porque, mas na mesma hora eu penso o seguinte: "É verdade, mas em compensação liberdade de expressão qualquer idiota tem".

Juro que um dia ainda acabo falando isso automaticamente na frente da pessoa.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Por onde anda Jack McFool?

As pessoas me param na rua e me perguntam... as horas. Aproveitam também para perguntar por onde anda Jack McFool, meu amigo imaginário, um leprachaun irlandês com uma vela na cabeça que me acompanhava nos post de "Sonambulismo, e outras Mazelas Sociais". Na verdade, ele me abandonou um pouco antes do fim do blog, tendo criado pela primeira vez na história um amigo imaginário de amigo imaginário, o sino falante Jing O'Bell. Tinha recebido poucas notícias sobre ele, afora que meu amigo imaginário despontava como um expoente da nova geração de diretores de cinema holandeses. Isso me enchia de um orgulho patriota enorme, já que na minha imaginação, eu sou holandês. Aliás, li isso numa matéria imaginária da MONET.

Eis que ontem, Jack McFool retona do seu modo. Eu tava no terraço de um de meus empregos, quando o vejo do meu lado, fumando seu cachimbo, como se nunca tivesse saído dali. Como ele faz parte da minha mente, nem deu boa noite nem nada, se desembestou a falar sobre o que eu estava pensando:

- Imagine um pintor. Ele quer pintar um fantasma, mas nunca viu um fantasma, tudo o que sabe sobre fantasmas é o que contam para ele. É preciso ver o fantasma para saber pintar melhor o fantasma, logo é preciso sentar ali e continuar apagando as partes desinteressantes daquele poster de segurança, porque é preciso conhecer o inferno, para aproveitar melhor o paraíso.
- Você andou sumido, Jack. Como andam os filmes?
- Minha carreira cinematográfica foi pro espaço. Os críticos não entenderam minha última obra.
- Como se chamava?
- "Os Equilibristas", uma história envolvendo amor e corrupção em plena China Imperial
- Parece interessante.
- Mas a cena dos protagonistas fazendo sexo no monociclo assustou os críticos.
- Não imagino o motivo disso.
- É que os protagonistas eram dois homens.
- Ahn.
- E tinha um macaco envolvido.
-Ahn.
- E era uma cena explícita.
- Ahn.
- Mas os críticos são rigorosos! O fato de tudo isso ocorrer no monociclo representava o equilíbrio do homem com a natureza e seus sentimentos! Ninguém me entende!
- Eu sei como é isso Jack, bem vindo de volta.
- É sempre bom retornar. Onde fica o barril de chopp agora?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A Roda

Não sei nem se eu deveria estar escrevendo isso, mas enfim.

A nova moda no Rio de Janeiro são as rodas da fortuna. A roda que meu vizinho criou, que o primo do advogado do pastor da igreja criou, tem sempre uma roda para entrar. Já fui chamado por muita gente para as rodas. Elas tem variados graus de investimento. Cem reais, dez reais, não importa, o que importa é a promessa de que no final você receba oito vezes o valor que você investiu. Isso mesmo, é mágica pura!

... ah sim, você só precisa indicar duas pessoas para estarem na roda com você.

Confesso que fiquei tentado no começo. Pensei um pouco e vi que isso era uma forma primitiva, bem primitiva, de bolsa de valores, de flutuação de mercado. Mas sabe aquele instinto aranha? Depois de falar com várias pessoas (porque eu só entraria em uma roda se já tivesse minhas indicações) fui colhendo depoimentos e pesquisando sobre esses esquemas. E cheguei a algumas conclusões:

- Isso é um esquema pirâmide - "Gênio", você deve estar pensando, mas muitas pessoas, até se achando engraçadas, dizem que é roda, e não pirâmide. Existe no meio empresarial uma diferença muito grande entre Marketing Multi-Nível (MMN) e Esquema Pirâmide. O esquema pirâmide é autofagista, e é melhor representado pela Herbalife. Nele, os próprios distribuidores são consumidores do produto. Na pirâmide, o foco é no recrutamento, o que indica que os produtos são uma porcaria. Redes de MMN de verdade não colocam anúncios em que escondem seu nome, como "Perca peso agora, pergunte-me como". E, acima de tudo, redes de MMN não dão comissões tão altas para indicação, priorizam as vendas. Em pirâmide, o esquema é ridículo: Você é um idiota convencido que pode tanto vender os produtos ou indicar seus amigos e ganhar a comissão deles enquanto fica com os pés para cima em casa. E você convence outros amigos mais idiotas que você. Mas engano seu, eles tiveram a mesma idéia brilhante que você e estão fazendo o mesmo, e quando acharem as pessoas elas farão o mesmo... aliás, você já comprou algum produto herbalife?

Aí vem a questão: "Mas Diego, na roda da fortuna não estamos comprando nada!". O que nos leva para...

Ponzi - Um italiano trambiqueiro que prometia 40% de juros em 90 dias. Você dava 10 dólares, recebia 14, dava 100, recebia 140. A mágica? Muito simples. Eu investia e uma semana depois você investia. Ele tirava do seu dinheiro para colocar no meu. E o seu era preenchido com a vítima da semana que vem, e quando eu recebia indicava para todo mundo falando que dava certo, porque para mim deu. Quando o número de novos idiotas era muito grande, ele parava de fazer isso, ficava com a grana e seguia seu rumo.

A Roda da fortnuna nunca é de valor único. Inclusive, praticamente todo mundo que me indicou a roda falou sobre a "Roda da Barra da Tijuca", onde o investimento inicial é de 1000 reais para um lucro de 7000 (8 mil menos mil). Isso me fez lembrar do esquema Ponzi. A de 20 dá certo, a de 50 dá certo, a de 100 dá certo, mas na de mil...

Números com potência - É meio difícil para o cérebro entender medidas exponenciais, como o decibel. Para o cérebro, é estranho a idéia que a diferença entre 20dB e 30dB é maior que entre 10dB e 20dB. Logo, é meio difícil que as pessoas entendam que é complicado arrumar gente que não tenha paticipado de alguma roda. Se você chega na cabeça da roda, tem 15 pessoas na sua roda, e cada uma delas potencialmente envolve outras 15 pessoas, somando 225 pessoas só no seu nicho. Se o criador da roda começa com 10 pessoas, são 2250 pessoas inéditas que tem que participar. E normalmente essas rodas são locais, você não liga para gente de todo o Brasil para entrar. Logo, as chances de não achar ninguém aumentam com o tempo. Com isso, quero dizer o seguinte: Toda roda tem começo, meio e fim. Se você está no começo, você tem chances de ganhar dinheiro, matematicamente falando. Mas no fim, todo mundo cai no esquema Ponzi, as vezes nem por maldade das pessoas acima, mas porque "a fonte secou".

Então amiguinhos, se vocês querem saber se a roda da fortuna funciona a resposta é: Sim, matematicamente. O problema é que quem entra nessa acha que está com garantia de retorno, o que não é bem assim. Existem muitos fatores, que envolvem saturação do mercado e má fé das pessoas, basta 1 em 14 pessoas da sua roda travar para vc ter problemas, o que significa 7,14% de início, e esse número vai dobrando de acordo com a sua distância com o criador da roda. Pense nisso.

Aliás, uma pergunta que eu fiz para todos que me chamam para a roda: Tem algum papel assinado e documentos que garantam a idoneidade?

domingo, 7 de setembro de 2008

Menina de Ouro é comédia?

Ontem eu fui na locadora e aluguei "Na Natureza Selvagem", com Emile Hirsch e dirigido por Sean Penn. Filme muito bom, que eu peguei na prateleira de lançamentos da locadora, mas já estou preocupado com o destino desse filme quando deixar de ser lançamento. Sua etiqueta de entrada aqui colada é AV-6327-01, o que indica que mais cedo ou mais tarde esse filme acabar na prateleira de AVentura.

Não que não tenha um ímpeto aventureiro a história de um cara atravessando a América de mochilão, mas daí a chamar de Aventura significa poder colocar do lado de Indiana Jones. Por isso, e entendendo as necessidades do cinema moderno de não se prender a fórmulas antigas, a F.D.P., Fundação Diego Paiva, 24 anos levando seu cachorro para passear, criou as novas classificações de filmes para ser colocados nas prateleiras de todas as locadoras do mundo, em parceria com a Cegos, Surdos e Loucos Inc., que não sabemos direito do que se trata, mas pelo nome deve ser uma instituição que permite deficientes postarem em blogs.

Road Movie - Um ou mais personagens devem ir do ponto A ao ponto B. A história se passa nesse trajeto e termina no ponto B, ou nem isso. Pequena Miss Sunshine, por exemplo.

Cantinho - Filmes de microcosmo, onde o genial "Escola do Riso" ficaria em lugar de destaque. Tá todo mundo preso um único ambiente, como "O Iluminado", o recente "O Nevoeiro", e algum outro filme de terror.

Investigação - Uma categoria perfeita para juntar "O Colecionador de Ossos" com "Fargo". Serviria para todos aqueles que adoram reviravoltas do tipo "O tipo de alga encontrada no intestino do cadáver só é preparada na cidade em seu restaurante, Mark. Você o matou!".

Superação - a categoria preferida da Academia. Não importa se você tem que superar outras pessoas, doenças, paralisia cerebral ou mosntros espaciais. desde que vc sofra muito, mas vença no final, é sucesso na certa. 90% dos filmes do Tom Crusie estão lá.

Zumbis - Vamos combinar, zumbi é uma categoria especial, não pode ficar na prateleira de terror. Afinal, qual a real diferença entre "Madrugada dos Mortos" e aquele filme do Cinema em Casa do SBT em que um adolescente vira um zumbi e "apronta altas confusões"? Nenhuma, né?

Orientais Voadores - Sim, eles precisam saltar bem alto se querem destronar ou reconduzir alguém ao trono. Todas as histórias orientais nessa nova safra de filmes onde pessoas voam tem que ou matar o tirano imperador ou levar ao trono um legítimo herdeiro destronado, não sem antes passar por um treinamento que envolve sabedoria e equilíbrio.

Guerra dos Sexos - Eles vão se matar durante todo o filme, mas sabe que vão ficar juntos no fim. E você ainda chora se assiste na TPM...

Em Busca das Gostosas - Precisa explicar?

Doença terminal - Uma pessoa vai morrer e vive a vida intensamente, nos últimos 60 dias. E você, na outra TPM, chora de novo.

Crianças - A emocionante história centrada e talvez até narrada por ela, tipo "Meu Primeiro Amor", "O ano que meus pais saiu de férias" e "Valentin".

E por assim vai, incluíndo também 'assaltos', 'alienígenas' e coisas que vocês com certeza estão pensando em comentar aí.

sábado, 30 de agosto de 2008

Ereções 2008

Em virtude do horário eleitoral gratuito na internet, estamos cumprindo a Lei n.º. 6.598/04 que obriga os blogs e exibirem um post sobre eleição, e dentro de... sei lá, até a próxima postagem, voltaremos a nossa programação normal.

O Guia F.D.P.

A F.D.P. (Fundação Diego Paiva), 24 anos sempre com as melhores redundâncias há 24 anos, estará lançando hoje um guia definitivo de perguntas e respostas sobre as eleições municipais. Qualquer dúvida que o eleitor ainda tenha pode perguntar nos comentários.

Por que o povo sempre elege o pior candidato?
Porque ainda não vivemos em sua Minhacracia, onde a cada 4 anos perguntamos a você quem deve ser o prefeito. Ou porque se você está lendo isso, provavelmente ninguém imprimiu e você está sentado na frente de um computador, coisa rara nas comunidades mais carentes, onde as pessoas dão dentaduras, ganham votos e a troca é considerada honesta.

Por que essas regras esdrúxulas para a cobertura das eleições via Internet?
A primeira regra, e a mais simples, é: Os velhinhos que fazem as leis não sabem nem responder o SMS das garotas de programa que contratam, o que dirá saber como funciona uma página da internet. Como a lei foi lançada, é como se o candidato não pudesse ter portal, apenas uma página na grande rede. Isso mesmo, os velhinhos criaram a lei sem saber a diferença entre página na web e portal. E pense aqui comigo também. Por muitos anos, a TV foi o maior meio de propagação de candidatos, onde os maiores partidos pegavam as maiores fatias. Aí esses esquerdinhas, veja que absurdo, querem que tenha propaganda num lugar onde não há controle sobre tamanho, onde não podemos ser maioria garantida. Não pode, né?

É possível manipular meu voto?
Urnas eletrônicas não são manipuláveis externamente, mas e internamente? se eles podem saber em quem a gente votou, porque não conseguiriam manipular?

Eles podem saber em quem votamos?
Claro. No dia que você for votar, preste atenção numa cena que você vê em todas as eleições, mas nunca deve ter prestado a atenção. Quando você vota, o mesário digita seu número de título de eleitor em um aparelho, e só depois que você adentra a cabine e escolhe seu candidato. Com a ordem dos canditatos votados mais a ordem dos títulos que entraram para votar, não há mistério.

Em quem você votaria se morasse em São Paulo?
Na Soninha no primeiro turno. No segundo, no Eric

E para que serve um vereador?
Para que serve um sub-síndico?

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Manifesto Simplista

Eu não preciso ser idiota para ser simples, eu posso gostar de coisas simples sem que para isso eu seja idiota.

Eu posso entender de cinema gostando e falando sobre o Batman. Eu não sou automaticamente um desaculturado se não gosto de filmes iranianos onde criancinhas irritantes perdem seus sapatos.

Eu não preciso citar Focault para mostrar que entendo sobre a sociedade. Eu posso entender mais que Focault sobre sociedade ou não, mas você aí, babando no saco dele, não quer nem saber, se não o cito. Eu tenho o direito de citar Jece Valadão em vez de Marx.

Eu tenho o pleno direito de ser uma pessoa desapegada aos grandes debates históricos da humanidade. Eu tenho direito de fazer piada com a Ossétia do Sul, eu tenho o direito de não saber sobre a geografia do lugar.

Se eu quiser, posso não dar trabalho para minha cabeça. Saber sobre Nietzsche pode me interessar, mas na boa, não farei prova nenhuma sobre ele.

Eu quero o direito de ser simples, eu quero o direito de complicar só as coisas que eu escolher. Eu não nasci para o canudinho.

Eu tenho o direito pleno de achar que um monte de ferro retorcido dentro do MAM não acrescenta em nada a minha cultura. Eu gosto de Mozart, Chopin e Bethoveen, mas isso não significa que tenho que fingir que gosto dos outros.

Eu não quero ler a Veja. Eu me interesso mais pela Donatela do que pela capa da Época. Eu tenho o direito de alugar Laranja Mecânica e apreciar a sétima arte como entreterimento. Eu posso odiar Invaões Bárbaras exatamente por não ser entreterimento o bastante para fazer gostar dele. É só um espelho de quem gosta do filme. Eu entendo o que se passa em Adeus, Lênin, mas se eu quisesse, eu poderia gostar do filme só pela relação Mãe e Filho presente.

Eu não sou um idiota por ouvir Pop Rock. Eu não sou um intelectual por ouvir Chorinho e Jazz.

Eu posso gostar de frases avulsas de alguma escritora, sem que eu precise automaticamente achar interessante uma narrativa arrastada sobre ter comido uma barata.

Eu tenho o pleno direito de ser simples o bastante, quando eu quiser.

sábado, 16 de agosto de 2008

PM Carioca leva ouro no Tiro esportivo...

...modalidade Inocentes, 5m.

Mas não viemos aqui fazer piadas de cunho político, para isso já basta as declarações dos candidatos a prefeito. E note que essa frase se aplica a qualquer candidato em qualquer cidade, nesta eleição para síndicos de condomínios grandes.

Viemos para falar do balanço da primeira semana olímpica, sacode aê:

- Não vi problema algum nas falsidades chinesas na abertura. Nego reclama do relógio do camelô e quando os caras falsificam muito bem, ainda acham do que reclamar. Quer coisa original vai em 2012 assistir a abertura dos jogos de Londres, isso se te deixarem entrar.
(Ah sim, ah sim, sem piadas políticas, verdade)

- O melhor do Brasil é o brasileiro. E o melhor do brasileiro é gostar quando a Caixa, a Petrobrás, o Governo enfim, patrocine uns 350 atletas por edição, para falar que é a maior delegação da história. Sendo que uns 60% vão lá para dar beijo na câmera e cair na 1ª eliminatória. Corrupção passiva, desvio de dinheiro público, isso não pode. Mas incentivo para a galera passar vergonha do outro lado do mundo, ah, Bra-sil-sil!. Uma dica: Se uma empresa privada não contratou o cara ainda, é porque ele não vale a pena. "mas mimimi Diego(s), olha aí o Banco do Brasil e o vôlei masculino, parceria de anos mimimi". E olha aí o Bernardinho e o Giba em 500 propagandas da Olympikus...

- João Derly perdeu a medalha, mas deu de presente uma medalha de Marfim ao portuga feioso. Achei que foi a melhor participação de um judoca brasileiro, nunca na história desse país um atleta brasileiro foi objeto de vingança assim, a ponto de superar a ambição pelo ouro.

- A seleção masculina de vôlei, aliás, se encaminha para estar para os jogos de Pequim como a de futebol estava para Atlanta. Juro que estou quase esperando o Dida e o Aldair se chocando na hora que os dois correm para a recepção de um saque.

- Melhor atleta: Camisa 13 da Hungria no Handbol. Lucimara do Heptatlo: Bunda de ouro para o Brasil. Também ouro na categoria fantasia sexual: Jade Barbosa, por causa daquelas piruetas e contorcionismos a gente imagina que... deixa.

- Coisa mais assustadora: A tal tela gigante de touch screen da Globo. O povo tem que clicar umas 3 vezes até entrar nas coisas. Logo logo a gente vê uma telinha azul falando sobre o aplicativo executar uma operação ilegal e ser finalizado. Ou então o Tino Marcos empolgado: "Vamos ao quadro de medalhas. A China blá blá blá", e logo depois "Agora vamos ver se eu recebi algum scrap" e ele abre o Orkut na tela.

- Phelps, que nada. Fenômeno mesmo é o maiô que imita a pele de tubarão. Podem fazer algo melhor? Claro que sim, e me aguardem, pois daqui a quatro anos irei ganhar o ouro nos 50m livres usando um novo maiô, que usa uma pele de tubarão DE VERDADE, arrancada na faca. Vou de barbatana nas costas e tudo. Me chupa, Cielo. Aliás, não me chupa não que a modalidade Bola Gato Olímpico já tem dono, a Geórgia.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

As Formigas

Aqui, o primeiro andar de um prédio é totalmente atingível para as formigas de jardim. Elas são grandes o bastante para terem forma, você vê claramente patas, cabeça, corpo... Não são daquelas da piada do pontinho preto, são formigas e estão com fome. Quando você a vê, sabe que é uma formiga.

Elas chegaram aqui atrás de comida, e volta e meia as vejo passar. Para todo o tamanho do meu copo, o que uma formiga carrega é irrisório, mas as formigas são organizadas, elas se comunicam e apontam ao seu próprio formigueiro onde está a comida. Elas seguem o rastro, agem em sociedade. Uma formiga só pode tirar apenas um pedaço invisível. Um formigueiro organizado aos poucos vai levando todo o conteúdo do copo. E dia desses eu vi, as formigas vieram e levaram parte significativa do meu suco de maracujá.

Desde então, fico sempre atento ao meu copo, procurando onde as formigas podem estar. E agora quase sempre, vejo as formigas onde elas não estão. Tenho a impressão que tem uma formiga na parade, e nada. Tem vezes que acho "tem uma aqui", passando na minha calça, e nada. Mas eu sei, ah isso eu sei, elas estão aí, esperando, ou informando no formigueiro onde ir.

Nossa mão, aparentemente forte e poderosa, é capaz de matar uma formiga, mas se nossa pretensa mão poderosa tentar socar o formigueiro, todos sabem o que acontece.A impressão que dá é que podemos acabar com uma ou outra formiga, mas cedo ou tarde, elas vão levar todo o meu suco de maracujá.

O meu e de todo o Rio de Janeiro.

domingo, 27 de julho de 2008

Futebol e Política

Parreira, presidente

Eleito presidente, Carlos Alberto Parreira daria início a um processo de organização do sistema público. Argumentaria que o marcado externo pode oferecer bons lucros em longo prazo, e a exportação seria prioridade. Aos poucos, a escassez de produtos no mercado interno geraria uma inflação, que seria ignorada pelo ministro da fazenda, Zagallo, sob o argumento que "desindexação" tem 13 letras. Na verdade tem 12, mas ninguém liga mais para o que ele fala mesmo.

Vanderlei, presidente

O grande Luxa começaria sua gestão com uma reforma ministerial profunda. Existe um modelo de organização dos ministérios que precisa ser rigidamente cumprido, e é mais fácil trocar os ministros que não se adaptam do que organizar o pessoal mais competente, nem que para isso Cafu precise ficar milênios no cargo de ministro dos transportes

Felipão, presidente

Seria como se o Sarney e o Ciro Gomes cumprissem o mesmo mandato.

Cuca, presidente

O Brasil chegaria perto de quase todos os cargos importantes nas relações internacionais, mas nunca chegaria a nada de concreto. Até o Papa ia ser quase brasileiro. No fim, terminaria o mandanto mandando o ministro da saúde cuidar da agricultura, o da agricultura na pasta de transportes e o de transportes na saúde, ou algo assim.

Dunga, presidente

O Brasil entraria na zona de rebaixamento da OMC. Juros altos com 3 volantes e um time com talentos castrados. Salários mínimos congelados por não existir demanda para crescimento. A estagnação da economia sem espectativa de melhora levaria ao Ministro da Casa Civil, Ricardo Teixeira, a ter mais poder que ele.

Émarson Leão, presidente

O Brasil começa arrasador, mas logo logo o time perde a motivação e a constante briga entre presidente e ministros provocam o seu Impeachment mais cedo do que se imagina.

Muricy, presidente

Dois anos librando os cofres para conseguir resultados imediatos. Outros dois anos colhendo o que plantou.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Old School é Zipmail e GeoCities

Bastou um tempinho fora do Blogger para perceber que eu sou um blogueiro Old School. No meu tempo, blogueiro no máximo colocava propaganda em banner, como eu faço. Ninguém recebia para falar bem de produto nenhum.

No meu tempo, colocar uma imagem como logotipo do Blog te obrigava a saber html. Colocar o seu link de favoritos te obrigava a ter algum conhecimento também, porque tinha já o espaço, mas você mexia diretamente no código. Agora eu montei o logo e os links aí do lado sem precisar ver uma tag.

É engraçado as melhoras significativas que isso aqui passou. Se eu quiser, posso até adicionar um vídeo rapidamente. Tem um botão ali e basta apertar e upar.

No meu tempo vídeo mesmo era um Gif animado. Email era Zipmail, gratuito e com alguns megas de espaço. Impressionantemente, o Zipmail exite até hoje e tem Gigas de espaço. No meu tempo todo nerd não tinha blog, e sim página do GeoCities. Todos eles tinham a área de donwloads, com links para baixar o ICQ 99b, o Get Right para downloads e eteceteras.

E no meu tempo, você colocava um link no seu blog de gente que você lia, não as que você linkava esperando ser linkada de volta. E pelo menos isso, pretendo manter. A lista ainda está incompleta, mas aos poucos eu vou colocando.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Mesa de abertura

- Então é isso, você resolve abrir um blog novo? Acha que vai conseguir voltar a blogar?
- Bom, eu sinceramente espero conseguir...
- E template, já arrumou algum?
- Não, mas isso aí vem com o tempo, vai se arrumando as coisas.
- Já vi tudo, vai sair mendigando template novamente, que nem uma bicha
- Nada, eu vou me armando, já tenho idéia para um logo, vai ser mais bonito que a Mulher Melancia andando de bicicleta.
- Você vive falando de mulher para parecer que é pegador. O pior é que tinha gente que acreditava nisso.
- Mas eu sou!
- Aham.
- Tá, nem tanto.
- Aham.
- Tá, não sou.
- Viu só? E vê se não chora, seu viado, pegador aqui sou eu!
- Ah, ok. Sua tática de se fazer de fodão ajuda muito mesmo!
- Melhor que a sua de se fazer de coitado!
- Elas gostam de dar carinho...
- Chega, não quero ficar nem um minuto do seu lado mais!
- Não sei se você ainda não percebeu, mas eu sou você.
- Impossível, eu não sou esse palhaço tristonho.
- Nem eu sou esse ranzinza metido a saber de tudo!
- O que a gente faz então?
- Já fizemos! Um blog!
- E vamos postar os dois neles?
- Sim.
- E vamos assinar diferente?
- Caro que não, somos a mesma pessoa.
- E como vão diferenciar?
- Não é preciso, é tudo nosso mesmo.
- Então nunca vão saber qual de nós está postando?
- Não.
- Gostei disso, vai confundir o povo.
- Vai nada, vai é encantar as mulheres de novo.
- Confundir.
- Encantar.
- Confundir!
- Encantar!
- Vai se foder!
- Vai você.