As pessoas me param na rua e me perguntam... as horas. Aproveitam também para perguntar por onde anda Jack McFool, meu amigo imaginário, um leprachaun irlandês com uma vela na cabeça que me acompanhava nos post de "Sonambulismo, e outras Mazelas Sociais". Na verdade, ele me abandonou um pouco antes do fim do blog, tendo criado pela primeira vez na história um amigo imaginário de amigo imaginário, o sino falante Jing O'Bell. Tinha recebido poucas notícias sobre ele, afora que meu amigo imaginário despontava como um expoente da nova geração de diretores de cinema holandeses. Isso me enchia de um orgulho patriota enorme, já que na minha imaginação, eu sou holandês. Aliás, li isso numa matéria imaginária da MONET.
Eis que ontem, Jack McFool retona do seu modo. Eu tava no terraço de um de meus empregos, quando o vejo do meu lado, fumando seu cachimbo, como se nunca tivesse saído dali. Como ele faz parte da minha mente, nem deu boa noite nem nada, se desembestou a falar sobre o que eu estava pensando:
- Imagine um pintor. Ele quer pintar um fantasma, mas nunca viu um fantasma, tudo o que sabe sobre fantasmas é o que contam para ele. É preciso ver o fantasma para saber pintar melhor o fantasma, logo é preciso sentar ali e continuar apagando as partes desinteressantes daquele poster de segurança, porque é preciso conhecer o inferno, para aproveitar melhor o paraíso.
- Você andou sumido, Jack. Como andam os filmes?
- Minha carreira cinematográfica foi pro espaço. Os críticos não entenderam minha última obra.
- Como se chamava?
- "Os Equilibristas", uma história envolvendo amor e corrupção em plena China Imperial
- Parece interessante.
- Mas a cena dos protagonistas fazendo sexo no monociclo assustou os críticos.
- Não imagino o motivo disso.
- É que os protagonistas eram dois homens.
- Ahn.
- E tinha um macaco envolvido.
-Ahn.
- E era uma cena explícita.
- Ahn.
- Mas os críticos são rigorosos! O fato de tudo isso ocorrer no monociclo representava o equilíbrio do homem com a natureza e seus sentimentos! Ninguém me entende!
- Eu sei como é isso Jack, bem vindo de volta.
- É sempre bom retornar. Onde fica o barril de chopp agora?
Eis que ontem, Jack McFool retona do seu modo. Eu tava no terraço de um de meus empregos, quando o vejo do meu lado, fumando seu cachimbo, como se nunca tivesse saído dali. Como ele faz parte da minha mente, nem deu boa noite nem nada, se desembestou a falar sobre o que eu estava pensando:
- Imagine um pintor. Ele quer pintar um fantasma, mas nunca viu um fantasma, tudo o que sabe sobre fantasmas é o que contam para ele. É preciso ver o fantasma para saber pintar melhor o fantasma, logo é preciso sentar ali e continuar apagando as partes desinteressantes daquele poster de segurança, porque é preciso conhecer o inferno, para aproveitar melhor o paraíso.
- Você andou sumido, Jack. Como andam os filmes?
- Minha carreira cinematográfica foi pro espaço. Os críticos não entenderam minha última obra.
- Como se chamava?
- "Os Equilibristas", uma história envolvendo amor e corrupção em plena China Imperial
- Parece interessante.
- Mas a cena dos protagonistas fazendo sexo no monociclo assustou os críticos.
- Não imagino o motivo disso.
- É que os protagonistas eram dois homens.
- Ahn.
- E tinha um macaco envolvido.
-Ahn.
- E era uma cena explícita.
- Ahn.
- Mas os críticos são rigorosos! O fato de tudo isso ocorrer no monociclo representava o equilíbrio do homem com a natureza e seus sentimentos! Ninguém me entende!
- Eu sei como é isso Jack, bem vindo de volta.
- É sempre bom retornar. Onde fica o barril de chopp agora?
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